A Aldeia

Fundação da Reserva de Araribá 
 

Com a criação SPI – Serviço de Proteção Indígena, em 1910, pelo governo brasileiro, a política indigenista introduzida pelo Marechal Cândido Rondon, visava à criação de diversas Reservas Indígenas. Araribá criada em 1913, recebeu os primeiros Terêna em 1932, foram trazidos do Mato Grosso do Sul para repovoamento da Reserva, logo após a gripe espanhola ter quase dizimado a população Guarani e Caingangue que ali viviam.

Atualmente, a Reserva de Araribá esta dividida em quatro aldeias, com sistema de governança indígena específico para cada uma delas, possui 144 residências para uma população total de 557 indígenas, sendo que estão divididos nas aldeias da seguinte forma: aldeia Ekeruá 146 moradores; Aldeia Nimuendajú 74 moradores; Kopenoty 200 moradores e Tereguá 107 moradores.[1]  

Aldeia Ekeruá

Ekeruá foi formada recentemente, no ano de 2002, é constituída basicamente por índios Terêna e conta atualmente com 146 moradores fixos, sendo 78 do sexo masculino e 68 do sexo feminino, a faixa etária de maior concentração esta em torno dos 10 a 19 anos, ou seja, população altamente jovem,[2] distribuídas em 37 residências construídas em alvenaria no formato de um grande círculo.

1 e 2       Dados relativos a março de 2009, informado pela Assessoria de Saúde Indígena – Pólo Base Bauru – FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

Localização da Aldeia

A Aldeia de Ekeruá, Reserva Indígena de Araribá está localizada no município de Avaí, centro oeste do estado de São Paulo - Brasil.

Distante a 16 km da cidade de Avaí e 42 km de Bauru.

O Povo Terêna

Os Terêna são originários do Chaco[1], região onde uma grande diversidade de grupos e subgrupos étnicos indígenas se relacionavam por meio de processos de dominação e de interdependência. Mas foi com a ocupação e dominação colonialista na América latina, principalmente os espanhóis e portugueses, que os Terênas intensificaram seus deslocamentos para as terras brasileiras.

Atualmente são os últimos remanescentes do grupo Guanás e tem o Aruák como língua materna, eram considerados pacíficos e exímios agricultores, utilizavam o sistema de roças que permitia obtenção de alimentos durante o ano todo.

Por volta de 1845 os Terêna seguiram no sentido sul pelo Rio Paraguai em direção ao atual Estado do Mato Grosso do Sul, onde passaram a se relacionar com novas realidades oriundas das sociedades não indígenas, como a expansão pastoril no centro oeste, sudeste e sul do país, Guerra do Paraguai e a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

[1] Chaco é uma área geográfica plana de baixa altitude, vegetação predominante de xerófilas, de estações bem definidas, com clima quente e seco, compensado por uma farta hidrografia, situa-se no sul da Bolívia, oeste do Paraguai, norte da Argentina e na parte oeste do Brasil, entre a margem direita dos rios Paraná e Paraguai, de um lado, e o sopé dos Andes do outro.

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